Androids são Mais Vulneráveis a Hackers do que iPhones, Afirmam Especialistas Forenses

Recentemente, a 404 Media revelou documentos vazados que sugerem que dispositivos Android são alvos mais fáceis para hackers e agências governamentais em comparação com iPhones. Esses documentos, supostamente destinados aos clientes da empresa israelense de inteligência digital Cellebrite, levantam preocupações significativas sobre a privacidade dos usuários de celulares.

Documentos Vazados

De acordo com a 404 Media, os documentos intitulados “Cellebrite iOS Support Matrix” e “Cellebrite Android Support Matrix”, datados de abril, foram enviados por uma fonte anônima. Os documentos detalham a capacidade da Cellebrite de hackear dispositivos móveis usando várias versões de sistemas operacionais.

iPhones vs. Androids

Os documentos indicam que a Cellebrite enfrenta dificuldades para hackear um número considerável de iPhones modernos. Em particular, dispositivos rodando iOS 17.4 ou versões mais recentes permanecem inacessíveis com as ferramentas da Cellebrite. Apenas modelos como o iPhone XR e iPhone 11, com sistemas iOS 17.1 a 17.3.1, são vulneráveis.

Em contraste, a maioria dos dispositivos Android podem ser hackeados pela Cellebrite. No entanto, smartphones Google Pixel 6, 7 e 8 são exceções notáveis, permanecendo inacessíveis quando desligados.

Preocupações com Privacidade

A questão da privacidade dos celulares foi destacada pelo FBI ao anunciar que seus especialistas técnicos conseguiram acessar o telefone de Thomas Matthew Crooks, envolvido em uma tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump. Detalhes sobre o dispositivo específico usado por Crooks não foram divulgados.

Além disso, programas de spyware, como o Pegasus, têm sido usados para acessar os celulares de políticos, jornalistas, ativistas e empresários em todo o mundo. Esse software permite que hackers leiam mensagens, acessem fotos, rastreiem a localização e até ativem a câmera e o microfone sem o conhecimento do usuário.

Declaração da Cellebrite

Em resposta à divulgação dos documentos, a Cellebrite confirmou sua autenticidade. Victor Ryan Cooper, diretor sênior de comunicações corporativas e conteúdo da empresa, afirmou que a empresa não divulga abertamente suas atualizações para evitar que informações sensíveis caiam nas mãos de criminosos.

Essas revelações reforçam a necessidade de maior segurança e privacidade para os usuários de celulares. Enquanto iPhones modernos oferecem uma camada adicional de proteção, usuários de dispositivos Android devem estar cientes dos riscos e tomar medidas para proteger seus dados pessoais.

Referências:

• 404 Media